O que você acha que será o estopim para a juventude se revoltar com os últimos 20 anos de palhaçada que tem sido o senado e fazer uma revolução?
Nada. É claro que não faremos nada. A minha geração é besta e não há nada no mundo que faça com que sejamos pró-ativos a ponto de fazer uma revolução. Somos inercistas, passivistas, oprimidos e, acima de tudo, preguiçosos. A gente não quer ter voz ativa e nem no nosso destino mandar. Nascemos junto com a democracia, e assim como todos os elegidos pelo povo que abusaram de suas funções, abusamos de abstermo-nos de nossa função. Por isso existe quem diga:
"Antes eu votava nulo porque não sabia em quem votar.
Hoje, voto nulo porque sei que não tenho em quem votar."
Você não acha que está sendo muito radical? Afinal, estes últimos 20 anos, de certa forma, trouxeram o progresso e hoje temos a nona maior economia do mundo. Isso não seria uma generalização, ou uma estereotipação, do político como corrupto?
Ora, não tenha duvidas de que é uma estereotipação.
A política hoje é vista com desprezo, como se um político estivesse ali sem ser por ordem do povo. E por causa de alguns, talvez vários, a imagem de todos foi manchada. O jovem hoje não tem interesse algum pela política, é como se déssemos o caso como perdido.
Mas, também, como podemos não ter essa imagem se a mídia, aquela que nos acompanha diariamente desde a infância, sempre lembrou: Político é tudo safado! E por mais que a gente saiba que o dono da mídia é sócio dos "safados", quem somos nós para dubitar? Por isso hoje há quem lute para poder deixar de votar. Para se abster da democracia. Todos estes, sejam bem vindos ao Movimento Inercista do Brasil. A gente não vai mudar o mundo.
Bom, é uma pena ouvir um jovem dizer isso. Afinal, vocês jovens, são o futuro da nação.
Talvez seja uma pena, mas talvez não faça a menor diferença. De qualquer forma, não faz mal, a gente ainda pensa e é melhor do que nada.