quinta-feira, 30 de abril de 2009

ATENÇÃO

Se, por um acaso, você ver um porco na rua, não cumprimente-o. Mesmo que vocês estejam usando máscaras.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

As mariposa

- Não é que eu não esteja afim de fazer nada. Mas, eu não quero fazer nada.
- Bom, você é quem sabe. Ninguem está lhe obrigando a nada.
- Afinal, eu já estou no futuro. Eu consegui. Cumpri meu objetivo. A partir de agora, não devo fazer mais nada!
- Então tá, não o faça.
- Opa! Com licença, preciso trabalhar.


Pausa

Apenas para dizer que o sarcasmo é a arma preferida dos idiotas.

Prostitutas

São apenas mulheres que há muito tempo venderam a alma e hoje hipotecam o corpo.

terça-feira, 28 de abril de 2009

A crise é do patrão

- Pois é, e eu, que fui demitido no inicío do ano e desde então tô desempregado!
- Pô cara, mas veja bem, isso não é ruim! Vamos utilizar como exemplo um ex-operário de uma multinacional. José. Mora no interior de São Paulo e foi demitido, mas como ele é a principal fonte de renda de sua família ele terá que buscar um novo serviço. Pois bem. Agora, José passará a receber de uma pessoa de renda superior a dele (obviamente), porém muito inferior a dos acionistas que o pagavam. Mas, também existe a opção de José abrir seu próprio negócio, onde continuará gerando renda a mesma parcela da fatia. Logo, de qualquer jeito, José estará fazendo com que uma camada mais baixa da pirâmide se desenvolva até o próximo ápice e consequente declive da atividade econômica. A crise gera desenvolvimento econômico das camadas mais pobres perante ao processo. Sendo assim, quem verdadeiramente perde com a crise são as altas camadas que terão apenas seu lucro reduzido.
- Seria verdade, não fosse o fato de me chamar José, o patrão.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Aos Vivos

Afinal, o mundo não é um lugar tão ruim se você puder dar um tempo dele..

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Meio intelectuais

Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de 150 anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de 150 anos, mas tudo bem).

No bar ruim que ando freqüentando nas últimas semanas o proletariado é o Betão, garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas acreditando resolver aí 500 anos de história. Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar “amigos” do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura. “Ô Betão, traz mais uma pra gente”, eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte do Brasil.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte do Brasil, por isso vamos a bares ruins, que tem mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gateau e não tem frango à passarinho ou carne de sol com macaxeira que são os pratos tradicionais de nossa cozinha. Se bem que nós, meio intelectuais, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gateau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda. A gente gosta do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne de sol, uma lágrima imediatamente desaponta em nossos olhos, meio de canto, meio escondida.
Quando um de nós, meio intelectuais, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectual, meio de esquerda freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim. Porque a gente acha que o bar ruim é autêntico e o bar bom não é, como eu já disse. O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Veja como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e nesse ponto a gente já se sente incomodado e quando chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual, nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e universitários, a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó. Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevete e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina a Veja, abomina mesmo, acima de tudo.

Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos: os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantém o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam em 50% o preço de tudo. Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato. Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae. Aí eles se dão mal, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão brasileira, tão raiz. Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda, no Brasil! Ainda mais porque a cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelo Rider e a Veja sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gateau pelos quatro cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda, como eu que, por questões ideológicas, preferem frango a passarinho e carne de sol com macaxeira (que é a mesma coisa que aipim mas é como se diz lá no nordeste e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o nordeste é muito mais autêntico que o sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é mais assim Câmara Cascudo, saca?).

- Ô Betão, vê uma cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem?

..

De Antônio Pratas, Bar ruim é lindo, bicho.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Talvez

Deixo claro que se hoje trabalho até  nos feriados é porque no futuro pretendo dedicar-me única e exclusivamente a não fazer absolutamente nada.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

E essa merda que não para de girar..

É tão rápido que hoje acordei achando que era amanhã!

terça-feira, 14 de abril de 2009

A graça divina da justiça e da concórdia

- Oi meu bem, tudo bom?
- Oi meu amor, tudo ótimo! Vamos fazer alguma coisa hoje..
- Pode ser, o que você quer fazer?
- Podíamos dar uma volta no shopping, olhar umas vitrines.. O que você acha?
- Ah, não sei amor, tava pensando em pegarmos um cineminha pornô, ou irmos ao jogo do Corinthians. Mas você é quem sabe..

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Afinal

- Como posso saber o que sou se não sei de onde viemos e nem pra onde vamos?
- Grécia!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Consciência Social 2.0

Hoje não gasto mais papel com correspondências, colaboro em um grupo de trocas que evita o consumo, faço parte da anistia internacional e participo de 3 comunidades eco-sustentáveis pró-amazônia.Tudo isso sem precisar sair do lugar.
Realmente, não há maneira melhor de salvar o mundo que via adsl.
Obrigado à internet por facilitar-me os processos de desenvolvimento pessoal.

ps.: Mudarei o fundo do meu website para preto pois consome menos energia.
ps.2: Sexo seguro é sexo virtual!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Ninguém

Certa vez passei por uma verdadeira crise existencial...
Entrei no website da Receita Federal para consultar minha situação cadastral e, simplesmente, não constavam registros de minha pessoa, ou seja, eu não existia. Senti-me excluído e pensei até que não me encaixava nos padrões de uma pessoa física comum. Mas, graças a Deus, era só um probleminha na internet e tudo se resolveu em alguns cliques. Hoje já posso afirmar que de fato existo. 
Ufa! Antes só do que ninguém..

Saiba mais sobre o autor que não se responsabiliza pelos textos aqui dispostos.