O consumismo ostensivo, de se carregar e propagar marcas como parte de sua persona já não é mais motivo de orgulho. Principalmente, se aplicado a cultura ocidental. Já saímos da "sociedade de consumo" que remetia à ideia de consumo de massa explícito e estamos entrando na era em que o indivíduo fundamenta a unidade de referência do social de maneira implícita. Grandes marcas e grandes consumidores, ou até mesmo os chamados consumidores emergentes, já não visam o consumo de produtos onde a marca explora escancaradamente o consumidor para propagar-se. Hoje há um volumoso preconceito com a ostentação, o desperdício e o exagero. Ou seja, vendo que a identidade do grupo e do indivíduo coexistem, não é elegante ostentar o uso de uma bolsa de mil dólares quando tem-se boa parte do grupo vivendo com isso. É claro, ainda consome-se e ostenta-se isso, porém de forma mais discreta. Vivemos em um período onde o consumismo já é malvisto. Porém, continua benquisto.
Concluindo, essa moderação na ostentação do consumo pode vir a ser de grande importância ao desenvolvimento de marcas locais/regionais. Pois, quanto mais "individual" e menos grupal o produto de consumo, maior o valor dele perante a sociedade.
Enfim, comunismo ou consumismo é só uma questão de marca.
Obs.: Talvez ainda não se aplique ao orientais. Mas estes tem problemas com a sociedade desde sua formação. Sem dúvida, os mais afetados pelo poder das marcas.