Aqui a vida emerge em sua forma mais natural, de dentro para fora d' agua. O dia-a-dia flui como o rio, no equilíbrio da sapiência e festividade dos ribeirinhos com a ciência e desonestidade dos exploradores. Dos exércitos de formigas, e de um único peixe-boi.
São habitantes de várias origens que transitam entre o povo e os produtos da floresta. Aqui a diversidade é, praticamente, uma regra. Todas as culturas coexistem, mesclam-se, e, eventualmente, se colidem. Mas o norte, acima de tudo, é forte.
Ainda sinto que falta-me capacidade e exuberância verbal para captar e transcrever as belezas e os dramas da amazônia. Tem tudo e falta-lhe tudo. Algo exclusivo de um país tropical e subdesenvolvido por natureza.
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O que, hoje, sinto saudades, é o que Euclides da Cunha um dia designou como meio-dias silenciosos e noites fantasticamente ruidosas.
E a única certeza que me resta, é que, lá, o homem ainda é um intruso.