quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Indústria Cultural e Sociedade

Antigamente, eu fazia parte de uma banda chamada Mulheres Nuas.
Fizemos muito sucesso e os shows eram sempre de casa cheia, pois no letreiro dizia:
Esta noite Mulheres Nuas!
Mas aí vieram os caras do Cerveja Grátis e acabaram com tudo aquilo que havíamos construído.


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Dedicado ao post Hateen: Uma merda de nome.
Do http://seufelipe.com.br/blog

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Socialismo, Liberalismo, Fascismo e outros "ismos"

É chegado o evento mais esperado por pessoas que buscam soluções para os mais diversos problemas do mundo!
Onde reúnem-se freiras, hippies, comunistas e pessoas comuns a um só objetivo: Discutir os problemas do mundo.
Onde debatem-se questões como a fome, a guerra, os direitos humanos e outras questões sociais.
Onde uma garrafinha de água mineral custa três real!
Seja bem-vindo ao Fórum Social Mundial!

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Apenas uma africana fez seu solitário protesto contra este abuso.
Conversei com demais pessoas e aconselharam-me a comprar água no supermercado pois lá era mais barato. Esse pessoal sabe tudo de relações de produção e relações sociais!
Obrigado, vocês deram uma bela solução para resolver MEUS problemas.

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Pós-escrito:
Assumo a idéia de que total democracia nada mais é que totalitarismo.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Obviamente

Desembarquei em Belém como quem não quer nada. Ou melhor, como quem quer um hotel. Ainda no aeroporto, busquei um quiosque de informações turísticas, e, após muita conversa, descobri que realmente não haviam mais hotéis disponíveis devido ao Fórum Social Mundial. Me aconselharam a tomar um ônibus do aeroporto até a estacão central, onde eu pegaria outro ônibus até uma pequena cidade à uma hora dali. E, lá, eu pegaria um barco para a Ilha de Cotijuba pois lá sim haveriam vagas. Obviamente, não fui. Resolvi conversar com um taxista que me prometeu rodar a cidade até encontrar um hotel por vinte reais. Obviamente, não aceitei. Peguei um ônibus até o centro onde procurei qualquer lugar com uma cama e uma privada. Obviamente, não consegui. Até que, à noite, e por sorte, enquanto caminhava na estacão das docas, encontrei Junior, o rapaz da operadora de turismo. Um rapaz um tanto esquivo, mas bem educado e aparentando ser uma boa pessoa. Ele então me disse que estava hospedando turistas na casa de sua família e que eu poderia ficar por lá. Obviamente, aceitei.
Chegando lá me deparei com uma família muito interessante. Dona Aurora, a matriarca, e Seu Antônio, o pater-família, eram um casal sexagenário, que, assim como seus três filhos, me receberam muito bem. Eram pessoas simples mas de muito boa índole. 
Após um café, sentei-me na sala para conversar e assistir televisão. 
Aproveitei o intervalo comercial para puxar papo com Seu Antônio, e, ingenuamente, perguntei:
- Para quem o senhor torce, Seu Antônio?
Ele, genuinamente, respondeu:
- Para o Lula, e você?
Encabulado, resmunguei:
- Pelo Brasil..

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Férias no planeta

Aqui a vida emerge em sua forma mais natural, de dentro para fora d' agua. O dia-a-dia flui como o rio, no equilíbrio da sapiência e festividade dos ribeirinhos com a ciência e desonestidade dos exploradores. Dos exércitos de formigas, e de um único peixe-boi.
São habitantes de várias origens que transitam entre o povo e os produtos da floresta. Aqui a diversidade é, praticamente, uma regra. Todas as culturas coexistem, mesclam-se, e, eventualmente, se colidem. Mas o norte, acima de tudo, é forte.
Ainda sinto que falta-me capacidade e exuberância verbal para captar e transcrever as belezas e os dramas da amazônia. Tem tudo e falta-lhe tudo. Algo exclusivo de um país tropical e subdesenvolvido por natureza.


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O que, hoje, sinto saudades, é o que Euclides da Cunha um dia designou como meio-dias silenciosos e noites fantasticamente ruidosas.
E a única certeza que me resta, é que, lá, o homem ainda é um intruso.

Saiba mais sobre o autor que não se responsabiliza pelos textos aqui dispostos.