Eis aqui um fato digno de uma estátua em praça pública.
Hoje, por volta das 14h, entrei em uma pequena loja no centro da cidade.
Procurava por CD´s e solicitei a um jovem rapaz, na verdade não tão jovem, deveria ter lá seus 30 e poucos anos.
Pois bem, após solicitado, o rapaz checa no balcão e não encontra meu pedido.
E então, demonstrando de forma explícita, e até vulgar, sua inserção no mundo tecnológico, aciona seu microfone (desses como os de tele-marketing) e pergunta, supostamente à alguém, se ainda há CD´s no estoque. Pede-me licença e retira-se por uma pequena porta, naquela ainda menor loja.
Pouco tempo depois, volta o mesmo rapaz. Mas agora, com um par de óculos escuros em sua face e uma jaqueta de couro tão preta quanto seus cabelos, carregando uma caixa, que pressupus serem CD´s. Com a mesma voz, porém, um pouco anasalada, ele me diz que o chefe voltará logo para cobrar. Fico um pouco pensativo, porém, espero. Tão curioso quanto paciente.
Logo, aquele mesmo rapaz, com seu jaleco que orgulhosamente carrega uma logomarca estampada em seu peito, me entrega um envelope com um CD e exclama:
- Um Real e Cinquenta Centavos!
Dou-lhe o dinheiro, olho em seus olhos e realmente impressionado me retiro.
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Obrigado ao colega Guilherme Foerster pelo fato.